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Elden Ring: Shadow of Erdtree, o que é uma DLC de verdade

Claudio Marcos












Este ano saiu a tão esperada DLC de Elden Ring, a aclamada Shadow of Erdtree, um conteúdo adicional para o jogo que traz um novo mapa, novos chefes, uma nova história e um complemento para a grande trama principal do jogo.


Nesta DLC, descobrimos um pouco mais sobre Miquella, o semideus amaldiçoado a ser criança pela eternidade, que busca criar um "mundo mais gentil", em suas próprias palavras. Além de uma história fantástica que elucida mais sobre a lore (conjunto de tradições, conhecimentos, idiomas, lendas) do jogo, a DLC apresenta um "novo Elden Ring" com um mapa gigantesco, maior do que a primeira área do mapa original do jogo, com dungeons e quests novas tão boas quanto as do jogo base, revivendo aquele sentimento que não sentimos há tanto tempo, desde a primeira vez em que jogamos o jogo.


É simplesmente surreal entrar nesse mapa novo; é quase impossível não se impressionar com a primeira vista e se questionar: "Uau, por onde eu começo?".

Com mais de 6 chefes novos, cada um com movimentos únicos, destaco principalmente a chefe Rellana, uma cavaleira que luta usando duas espadas: uma banhada em chamas e outra em magia. Seus movimentos são lindos e coordenados; ao aprendermos o padrão, é como se entrássemos em uma dança com ela, sendo um dos primeiros chefes e nos dando uma ideia do quão incrível será a jornada e, principalmente, o quão difícil e desafiador será, pois é isso que faz de Elden Ring o que é.


As novas armas também são um ponto forte da DLC, com novas armas pesadas, armas para magos, armas leves, luvas para lutar corpo a corpo e muitas outras. A sensação de adquirir uma arma nova e buscar aprimorá-la ao máximo para usar até o final do jogo é bastante gratificante.


Para mim, essa DLC redefine o que significam conteúdos adicionais em jogos. Muitos desses conteúdos são pagos e frequentemente criticados por serem apenas itens básicos, como roupas novas, o que acontece com frequência em jogos da Electronic Arts, que são criticados por tentar capitalizar em cima do desejo de elementos novos, mas trazendo apenas coisas mal trabalhadas e sem sentido. Aqui, a From Software se mostrou novamente como uma pioneira no mundo dos jogos, trazendo praticamente um jogo novo disfarçado de conteúdo adicional. Digo isso sem medo, pois zerei Elden Ring em 70 horas e, ao jogar a DLC, terminei com 110 horas, sendo que muitos jogos possuem uma campanha principal de até 15 horas de gameplay. Inclusive, há uma forte expectativa do público para que a DLC seja indicada ao The Game Awards como Jogo do Ano, assim como ocorreu com a DLC de The Witcher 3, outro momento histórico da indústria.


Por isso, para mim, talvez não nos dias atuais, mas daqui a alguns anos, poderemos perceber o verdadeiro impacto que Shadow of Erdtree teve e como ela pode revolucionar a forma como vemos conteúdos adicionais, principalmente os que trazem campanhas novas e histórias não contadas. Não sendo mais apenas uma forma de prolongar a vida daquele jogo, mas uma maneira de trazer coisas que não puderam ser incluídas antes, devido a orçamento, tempo, etc.


Recomendo fortemente a compra de Elden Ring e sua DLC, mesmo custando caro. No Brasil, sabemos como os jogos são uma arte muito elitizada, então, se um dia puder adquirir, faça-o e aproveite essa experiência única e praticamente transcendental. Para mim, é uma das maiores e únicas experiências que podemos ter ao jogar um jogo.



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