No cinema e em outros produtos audiovisuais, diz-se que algo é diegético quando ocorre dentro da ação narrativa ficcional do próprio filme. Mas trago aqui algo muito especial que são apenas elementos diegéticos em jogos, mais especificamente em Ghost Of Tsushima, que, neste ano de 2024, recebeu sua versão para computador, sendo muito bem recebido pelo público e alcançando notas altíssimas na Steam.
Ghost Of Tsushima é um jogo em terceira pessoa, com elementos de RPG e mundo aberto, situado no período no Japão em que os mongóis guerrearam contra os japoneses, em 1274.
Dentro desse mundo tão vasto e repleto de elementos, o jogo apresenta uma forma de narrativa incrível, não exibindo muitos elementos em tela como minimapa, barras de vida, estamina, etc., sendo visível apenas a barra de vida durante os combates. Essa ausência de elementos tão comuns em jogos proporciona uma imersão grandiosa, colocando apenas você e o jogo ali, sem mais nada.
Quanto aos elementos diegéticos, destaco dois que são os meus favoritos: a forma de se guiar até um objetivo e a maneira de esquivar-se especificamente dos arqueiros do império mongol. A navegação até o objetivo é feita pelo vento; ao apertarmos o botão esquerdo, o vento sopra na direção que devemos seguir, não sendo apenas algo presente no mundo do jogo, mas também refletindo as crenças do personagem principal, que afirma que seu pai é o vento que o guiará. Quanto ao segundo elemento, considero-o maravilhoso devido às suas questões históricas e à sua capacidade de manter o jogador atento ao combate, à semelhança de um samurai. Esse elemento é o fato de que os mongóis, antes de atirarem com seus arcos e flechas, gritam para seus aliados se esquivarem e não serem atingidos por eles, o que nos alerta para também nos desviarmos das flechas ao ouvir os arqueiros gritando, mantendo-nos vigilantes durante o combate.
Ghost Of Tsushima recebe meus parabéns e os parabéns de toda a comunidade que o consome e consumiu, não apenas pelos seus elementos diegéticos, mas também por sua história magnífica e sua narrativa única para esse tipo de história de samurai, além de seu sistema de combate que envolve diferentes formas de luta e posturas, temas que posso abordar em outro momento!
Gostaria também de mencionar brevemente que o jogo era exclusivo dos consoles Playstation 4 e Playstation 5, mas recebeu sua adaptação para computador neste ano, alcançando um público muito maior e, possivelmente, sendo mais valorizado por jogadores fora do ecossistema Playstation, que por muito tempo só podiam apreciá-lo através de vídeos de gameplay.
Essas adaptações para outras plataformas certamente são um novo amor tanto para a Sony quanto para a Microsoft, empresa do Xbox, permitindo-lhes alcançar novos e maiores públicos, o que é benéfico tanto para as marcas quanto para os jogadores. A exclusividade sempre foi uma forma de atrair um público para seu console, mas com o tempo, essa estratégia impediu muitas franquias de atingirem seu potencial máximo. Ver jogos como The Last of Us, God of War e Ghost of Tsushima chegando a novas plataformas me deixa muito animado quanto ao futuro da indústria.
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