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“MAXXXINE” é o pior filme da Trilogia de Ti West!

Mateus de Morais











A tão aguardada conclusão da trilogia do diretor estadunidense Ti West, protagonizada pela atriz Mia Goth que se iniciou com X - A marca da morte (2022), seguido de Pearl (2022) e agora Maxxxine (2024), chegou aos cinemas, mas será que ele conseguiu manter o mesmo nível de qualidade dos seus antecessores? 


A trama se passa em uma Hollywood dos anos 1980, contrastada entre o glamour da indústria cinematográfica e a decadência moral dos atores nos bastidores, tudo isso rodeado pela ameaça iminente de um serial killer chamado Night Stalker, que está matando atrizes da indústria que a nossa protagonista está adentrando.

Se, enquanto em X e Pearl, o enredo bem estruturado, as cenas tensas, os personagens, em sua maioria interessantes, funcionam para construir uma história cativante que te prende e deixa vidrado na tela, em Maxxxine, estes pontos, presentes mesmo que alguns de forma frágil, não constroem uma unidade, de forma que em comparação aos anteriores, deixa muito a desejar.


O primeiro e o segundo atos do filme até criam certa atmosfera envolvente que deixa o espectador curioso pelo desfecho, mas quando ele vem no terceiro ato, é algo totalmente anticlimático e que não faz jus a todas as referências e easter eggs colocados ao longo do filme.


 Não surpreende e não emociona. 


A atuação de Mia Goth continua impecável, mesmo que o roteiro muitas vezes não a ajude. Ela consegue passar todas as nuances psicológicas dessa personagem que em sua busca pelo sucesso já passou por diversos traumas e aprendeu a lidar com eles ou pelo menos sobreviver a eles. É inquestionável que ela é uma estrela. E tal qual uma estrela tem o final que merece, sendo um dos poucos pontos positivos da conclusão dessa história.


O filme apela muito para referências a outras obras cinematográficas, a mais evidente é Psicose (1960), de Alfred Hitchcock, porém essas referências, mesmo sendo legais de acompanhar, não estão intrinsecamente relacionadas ao roteiro, dessa forma não são capazes de sustentar e tornar o filme excelente. 


No entanto, vale ressaltar alguns acertos do longa. A fotografia capta a essência dos anos 1980 com uma paleta de cores vibrantes que homenageiam os filmes de terror/suspense clássicos. A maquiagem e os efeitos especiais utilizados nas cenas de gore as tornam viscerais e causam o impacto pretendido. A trilha sonora casa bem com a atmosfera ao mixar sons da década na qual o filme se passa e músicas originais que principalmente nas cenas de perseguição complementam a tensão e o perigo constante.


Desse modo, Maxxxine, por tudo que foi colocado aqui, não atinge o mesmo padrão de qualidade dos outros dois filmes da trilogia, frustrando as expectativas criadas para a conclusão da saga de Maxine Minx. O desfecho previsível, personagens caricatos que não agregam em nada na história e um roteiro pouco consistente coroam um filme tecnicamente competente, mas que possui mais erros que acertos. 


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תגובה אחת


Volnei Freitas
Volnei Freitas
27 באוג׳

Meu caro, "O desfecho previsível, personagens caricatos que não agregam em nada na história e um roteiro pouco consistente coroam um filme tecnicamente competente, mas que possui mais erros que acertos" é um convitecpra ficar com a Sessão da Tarde kkk


Ótimo texto, parabéns!

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