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Foto do escritorClaudio Marcos

Black Myth Wukong: O jogo do ano












Finalmente, o tão aguardado e até desacreditado Black Myth: Wukong está entre nós, e tive o prazer de jogá-lo. Desacreditado por muitos, sua primeira aparição foi uma curta gameplay no canal da NVIDIA, que mostrava um jogo com gráficos colossais e surpreendentes. E, por incrível que pareça, esses gráficos realmente chegaram, e eles existem.


Wukong é um dos primeiros jogos a realmente representar a tal "nova geração" de consoles e jogos. Ele é um primor tanto em termos de gameplay quanto de gráficos. Destaco a jogabilidade, que combina elementos de ação e aventura com características souls-like, embora não se trate exatamente de um jogo desse gênero.


O Wukong se movimenta incrivelmente bem, e é possível executar combos magníficos nos combates utilizando o bastão. É um prazer jogar e sentir que, sim, você está controlando o predestinado, aquele que se tornará o Deus Macaco e desafiará os céus.

É igualmente magnífica a fidelidade ao conto chinês em que o jogo foi baseado, o grande "A Viagem para o Oeste", um conto budista chinês que narra a história de Sun Wukong, o Deus Macaco.


Wukong em Black Myth Wukong

Até o momento em que escrevo este texto, pude jogar três capítulos, e estou apaixonado. É, com certeza, um jogo que sabe exatamente o que é. Ele incorpora elementos de muitas coisas, mas não tenta ser todas elas. O jogo conhece seu lugar e sabe o que propor ao jogador, desde o combate dinâmico com o bastão de Wukong, em que você pode aprimorar posturas e aprender novas magias para executar combos diferentes. As próprias magias são incríveis, transmitindo a sensação de que há uma diferença entre lutar apenas com força física e possuir magia, sendo esta o elemento que eleva o combate a patamares extraordinários.


É muito importante que um jogo assim esteja entre nós, pois ele mostra um caminho promissor para as empresas de jogos: o caminho da autenticidade, mesmo que se inspire em diversas coisas. Apesar de ter tantos elementos, o jogo tem um público-alvo claro: os fãs de jogos de ação e aventura, como Devil May Cry e God of War, entre outros. Esse público pode ser muito amplo, composto por pessoas que geralmente buscam apenas diversão em um videogame – e esse sempre será o ideal: se divertir.


É magnífico e surreal que um jogo desse nível esteja presente no momento atual, pois essa nova geração de consoles ainda não havia demonstrado nada surpreendente, seja em gráficos ou inovações na jogabilidade e na forma de abordar um jogo. Eu também elogiaria a história em si, mas devo ressaltar a forma de adaptação, já que a história é o próprio conto. Portanto, a questão é como adaptar e narrar essa história já existente por meio de um videogame, sem perder suas questões culturais e características únicas – e isso, com certeza, é bem feito aqui.


Como alguém com uma visão ocidental, acostumado com narrativas deste lado do mundo, por muitas vezes me senti um pouco perdido nas cenas do jogo, ou talvez pensei: "Ok, para o público chinês isso deve ser magnífico". E, de fato, não deu outra, pois o jogo alcançou 2 milhões de jogadores simultâneos na Steam, sendo a maioria deles jogadores chineses.


Black Myth: Wukong é o jogo do momento e o jogo do ano de 2024. Atendeu às expectativas, e tudo o que se propôs a fazer, fez de forma magnífica. Apenas meus parabéns e toda minha ansiedade para continuar jogando e descobrindo as incríveis surpresas que ainda me aguardam nos próximos capítulos.

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