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Vem aí a Odisseia de Literatura Fantástica 2025

Danilo Heitor












Odisseia de Literatura Fantástica
Odisseia de Literatura Fantástica. Visite o site da premiação aqui.

Acontece no próximo domingo, 16 de novembro, a cerimônia de premiação do prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2025. Considerando que a ficção científica, a fantasia e o horror não tem grande espaço nos prêmios literários maiores, sendo até hoje classificados como "literatura de entretenimento", a Odisseia pode ser considerada o grande prêmio da ficção insólita no país, então peço licença para usar a coluna para falar dele. Você já o conhecia?


São três finalistas por categoria. Nos quadrinhos fantásticos, concorrem A. Z. Cordenonsi e Fred Rubim, com Le Chevalier e a volta ao mundo em 80 horas (Avec Editora), Julio Wong, Kiko Garcia e Ser Cabral, com À moda da casa (Kikomics e Antenor Produções) e P.H. Gomes, Rafael Dantas, Rodrigo Matos e Zé Wellington, com Cangaço Overdrive: além das raízes (Editora Draco). Desses, li o último, que achei sensacional.


Na narrativa longa de literatura juvenil, os três finalistas são Larissa Brasil, com Mau Noronha e a onça cabocla (independente), Paola Siviero, com A torre do Pântano dos Ossos (Gutenberg) e Yasmin Callado, com A quarta pessoa (independente). Não li nenhuma das obras, mas conheço as duas primeiras autoras, e gosto muito de ambas.


Em projeto gráfico, estão na final Douglas MCT, com A batalha das feras (Avec Editora), L. F. Lunardello, Daniela Salamão e Larissa Prado (org.), com As muitas cores que caíram do espaço (Mão Esquerda) e Ricardo Celestino, com O vazio e sei lá o que mais… (Selo Necrose). Nessa categoria, não conheço ninguém.


Na narrativa curta de fantasia, a disputa será entre Heitor Serpa, com Show do Prata Preta (independente), Roberto Cassano, com Como cozinhar humanos (independente) e R. M. Albuquerque, com Pocalina e os mortos que sonham (independente). Conheço o Roberto Cassano e sou fã!


Na narrativa curta de ficção científica, sou finalista com Retirante em Tóngbù, conto publicado no meu livro Quase agora (Editora Folheando). Estarei concorrendo com Luis Felipe Mayorga, com Predações da harpia-açu (Revista Literatura Fantástica vol.15) e Sabine Mendes, com Releituras afrofuturistas: “O imortal” (Editora Kitembo). Comecei a ler o livro da Sabine e estou achando ele bom demais!


Na narrativa curta de horror, os finalistas são João Mendes, com Vento morto (independente), Juliana Cunha, com O falo (O Grifo) e Raquel Setz, com Magic Help (Editora Oito e Meio). Não só o conto como o livro inteiro da Raquel em que ele foi publicado (Desfiguração) são execelentes, das melhores coisas que li nos últimos anos.


Nos artigos fantásticos, concorrem L. F. Lunardello, com A máscara do pseudônimo: Francis Stevens e Gertrude Barrows Bennet – As muitas cores que caíram do espaço (Mão Esquerda), Nathalia Xavier Thomaz, com Histórias em quadrinhos: uma arte antropofágica – Quadrinhos famintos: a 9a 9a arte como linguagem do limiar (Faculdade de Filosofia, letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo) e Oscar Nestarez, com Autoria de mulheres na literatura de horror: denúncia e acerto de contas em obras do Brasil e da Espanha (Opiniães Revista dos Alunos de Literatura Brasileira). O Oscar é referência na literatura fantástica, sempre é muito bom ouvir e ler ele, e o tema do artigo é fundamental.


Na narrativa longa de fantasia, estão concorrendo Giu Domingues, com Canção dos ossos (Galera Record), Laís Napoli, com A sociedade das ilhas submersas (Qualis Editora) e R. M. Albuquerque, com A larva das sombras (Editora Cabana Vermelha). A Giu e a Laís tem uma obra já grande na fantasia, vale a pena conferir.


Na narrativa longa de ficção científica, os candidatos são Daniela Funez, com Máscaras de pele, tecido e titânio (Impressões de Minas), Fábio Fernandes, com O torneio de sombras: As aventuras de January Purcell (Avec Editora) e Juliane Vicente, com Sentinela (Malê). Essa disputa é de gente peso pesado, mas das três obras eu só conheço - e recomendo - a da Juliane, que também está finalista do Prêmio Aberst este ano.


Na narrativa longa de horror, a disputa será entre Iza Artagão, com Legítima defesa (Rocket Editorial), Lizandra Silveira, com A lenda da noiva fantasma (independente) e Vanessa Musial, com Herdeiros do abismo: gênesis (Palavra & Verso). Nesta categoria, não conheço ninguém.


Por último, a categoria de contos inéditos, que tem 5 finalistas, será decidida entre Carlos Castelo, com Eu sou Providence, Felipe Pyhus Julius, com Olá, Patrícia Baikal, com Os lírios também têm memórias, Silvio Junior, com Ecos de um passado esquecido e Titi Bayarri, com Ênio e o bicho. Essa categoria é uma das mais interessantes, já que não só premia como publica as histórias dos finalistas.


Estive ano passado na Odisseia, que normalmente conta com debates e oficinas. Este ano, haverá apenas a cerimônia de premiação. Não estarei lá, mas resolvi falar do prêmio na coluna para talvez apresentá-lo a quem não o conhece. Como quase tudo na ficção insólita, o crescimento dele depende sempre da coletividade, divulgando, apoiando, falando sobre.


Termino a coluna com um convite: você conhece algum dos finalistas, alguma das obras, ou tem algo a dizer sobre o prêmio? Vou adorar ter suas impressões nos aqui nos comentários!

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